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ELSON ALEGRETTI RODRIGUES
( São Paulo – Brasil )

 

Artista plástico (pintura) e Poeta.

Estudou na instituição de ensino FIEO OSASCO.
Mora em Osasco

 

PINGENTE – ANO 1 – 1981 – No. 2  Editor Carlos Marx Alves.   Osasco, SP: 1981.   Ilus. RÊ. 10,5 x 15,5 cm. Incui os poetas Antonio Carlos M. Souza (Cacá) , Risomar Fasanaro,   Elson Alegretti Rodrigues, Alberto Jun Ikeda, Juarez José, Anna Leite, Nicolas Behr,           Gilberto  Bertolini Fajardo, Vera Lúcia Romin. Glauco Ferreira dos Santos.                                                             Ex. bibl. Antonio Miranda
        


COTIDIANO II

O pivete esfarrapado
doido
vadio
olha a cidade ordinária
Escarra medo
Escarra ódio
a cidade não tem olhos
não tem ouvidos
cidade arapuco
puta

Na esquina escura
o estilete
ponta afiada cravada
num homem
nos homens

O sangue...
corre o pivete
corre a morte na cidade


PINGENTE – ANO 1 – 1981 – No. 3  Editor Carlos Marx Alves.   Osasco, SP: 1981.   Ilus. Tadayuki. 10,5 x 15,5 cm. Incui os poetas A. Garibaldi, Eduardo Kanemoto, Juarez       José, Elson Alegretti Rodrigues, Maria Marcilia Nery,  Lú Silva, Clarice Luciano Pereira  (Clá), Daniel Souza, Cláudio Feldman, Clotilde Elias Fernandes,
Mônica Ximenes Leite,  Alberto Jun Ikeda.     
Ex. bibl. Antonio Miranda

 

MÃE TERRA

           Para Gilberto Bertolini Fajardo

Viriato Paixão
home de paz foi encontrado
baleado no meio do canaviá
Os policia chegaro
dissero que si mato
mais não hovi um que acredito...

Quando o céu se abria amarelo
cheio de luz
passava mão na viola e fazia
cantoria pro irmão sol
Engolia café preto
punhava a enxada no lombo
e ia capiná
o feijão
o mío
adispois chamava Luzia pros dosi
cortá cana do Coroné
dureza vida toda

Viriato gostava de ouvi os passarinho
pitá o pito debaixo duma árvore
cumê da broa que só Luzia sabia fazê
senti o chero das flor du mato
pesca peixe bão no riacho.

Veio um grinfo vê as terra
seu sossego logo cabô
o Coroné la vendê tudo pro galego
Viriato aperriô
reunito todo os colono
falô o gringo numa fala danada de intendê
falô o Coroné como cascavé
dissero que tinha de saí das terra
por bem ou por mal
Viriato enfureceu.

Os filho nascero tudo alí
tiraro sua força
fizero del um caco
aquelas terra se perdia nas vista dos óio
ficar naquele tantinho de terra nu ia fazê mal
Os quatroa filho-home se perdero presse mundo
de Deus
só ficô sodade
só ficô a tristeza de Luzia
ficô cicatriz dolorida
antão era dereito morrê naquele torrão
— Quem viê me tirá a terra toro na foice!

Uma tardinha apareceu o Coroné cos capanga
ameaçaro com fogo
ameaçaro com tratô
Viriato num arredô pé

Numa noite enluarad
Viriato vinha da casa do cumpadre Chico
quando der muito tiro traiçoero
escapuliu
correu pro canaviá
Dispois dumas hora
apertô o cerco
Viriaaat num teve pur ondi fugi
teve muito disparo
Viriato caiu fulminado
num teve enterro
nem reza de padre
deixaro pros corvo cumê
Dispois puzero Luzia na estrada cos
otro retirante
queimaro a casa
queimaro a roça
os cabelo do mío ardia
ardia Viriato Paixão
que o vento alevantava
vento que parecia grito do oprimido

 

*

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Página publicada em fevereiro de 2022


 

 

 
 
 
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